Elisa Ferreira defende que boa estratégia deve ser “trabalhar para não depender de fundos europeus"
Principal / Economia / Elisa Ferreira defende que boa estratégia deve ser “trabalhar para não depender de fundos europeus”

Elisa Ferreira defende que boa estratégia deve ser “trabalhar para não depender de fundos europeus”

Imagem: Egídio Santos

A comissária europeia Elisa Ferreira, que tem ligações a Santo Tirso, defendeu hoje que a boa estratégia deve ser “trabalhar para não depender de fundos”.

“Aquilo que eu acho é que a estratégia para todos os países, a boa estratégia, é trabalhar para não depender de fundos. Acho que essa ambição deve ser muito clara e muito explicitada politicamente, de maneira a contaminar, no sentido positivo, todos os atores que estão envolvidos na utilização de fundos”, disse a comissária da Coesão e Reformas em Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha.

Elisa Ferreira respondeu a uma pergunta da Agência Lusa acerca das declarações do ministro das Finanças, Fernando Medina em que disse que Portugal “não tem refletido de forma suficiente e aprofundada” sobre o alargamento a leste da União Europeia, que fará com que Portugal altere a sua posição entre os que “beneficiam significativamente de fundos da política de coesão”.

“A dependência é sempre algo de mau. Portanto, o objetivo dos fundos estruturais não é dar peixe, é dar canas de pesca”, prosseguiu a Comissária Europeia. Para Elisa Ferreira, esta lógica é sobretudo importante para instituições como universidades e centros de investigação, empresas que precisam de absorver inovação e novas tecnologias.

“Quando falamos de uma nova maneira de produzir, não estamos a teorizar. De facto, a agenda está em movimento rapidíssimo, todos os processos produtivos têm que ser transformados, no sentido de passarem de uma base dependente de energias poluentes para energias limpas”, referiu.

Para Elisa Ferreira, os fundos que estão atualmente a ser utilizados são uma oportunidade “única” e “histórica”. “Têm de ser utilizados numa perspetiva de não precisarmos deles no futuro”, assinalou aos jornalistas.

Questionada sobre se isso está a acontecer no caso português, a comissária europeia, ex-administradora do Banco de Portugal e ministra do Ambiente e do Planeamento, disse esperar que as instituições “se estejam a preparar para o futuro”.

“Há meios excecionais, o Plano de Recuperação e Resiliência, os fundos 2021-2027, é uma obrigação. É um país maduro, com uma democracia já madura, de dimensão média na União Europeia, é um velho país da Coesão, e portanto tem de sair da situação que aparece ainda nas estatísticas, que é a de chegar a um valor que não chega a país desenvolvido, porque as suas regiões não são regiões desenvolvidas”, afirmou.

Para Elisa Ferreira, Portugal tem de “definir, neste momento, a estratégia que arranque para uma dimensão que já não é uma dimensão baseada em infraestruturas básicas”, mas sim “no conhecimento e na capacidade de dar oportunidades aos jovens que são muito qualificados”, transferindo para as empresas “todo o saber” ainda contido nas universidades, entrando “em áreas de concorrência internacional e de cooperação internacional”.

Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.

O Diário de Santo Tirso é privado mas faz serviço público, é um jornal online de Santo Tirso, com notícias exclusivamente de Santo Tirso, independente e plural. Acreditamos que a informação de qualidade, que ajuda a pensar e a decidir, é um direito de todos numa sociedade que se pretende democrática.

Para podermos apresentar-lhe mais e melhor informação, que inclua mais reportagens e entrevistas e que utilize uma plataforma cada vez mais desenvolvida e outros meios, como o vídeo, precisamos da sua ajuda.

O Diário de Santo Tirso tem custos de funcionamento, entre eles, a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede e taxas específicas da atividade.

Para lá disso, o Diário de Santo Tirso pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta e plural.

Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo – a partir de 1 euro – sob a forma de donativo através de mbway, netbanking ou multibanco. Se é uma empresa ou instituição, poderá receber publicidade como forma de retribuição.

Caso pretenda fazer uma assinatura com a periodicidade que entender adequada, programe as suas contribuições. Estabeleça esse compromisso connosco.

MB WAY: 938 595 855

NIB: 0036 0253 99100013700 45

IBAN: PT 50 0036 0253 99100013700 45

BIC/SWIFT: MPIO PT PL

background