Bloco de Esquerda apresentou a sua candidatura à União das Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães
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Bloco de Esquerda apresentou a sua candidatura à União das Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães

Imagem: Diário de Santo Tirso

Paulo Oliveira é o nome forte do partido para tentar conquistar a maior União de Freguesias de Santo Tirso. Ambiente, habitação, cultura, desporto, associativismo e desagregação da união de freguesias são as principais bandeiras da candidatura. Ana Rute Marcelino e Leonor Faria são os restantes nomes que compõe a lista do Bloco de Esquerda de Santo Tirso para esta candidatura.

A apresentação começou com o discurso de Leonor Faria que salientou a confiança dada pelo partido na sua pessoa. “Sendo a primeira vez que o bloco concorre em Santo Tirso, a responsabilidade é enorme”, referiu Leonor Faria, prosseguindo de seguida dizendo que se trata de uma candidatura jovem para trazer novas caras e novas políticas para o concelho de Santo Tirso.

Ana Rute Marcelino apresentou o candidato Paulo Oliveira referindo que se trata de uma pessoa presente na sociedade tirsense, ligada ao desporto e ao associativismo. “O Paulo tem as qualidades mais importantes para qualquer cargo autárquico no sentido da participação cívica e a capacidade de conhecer o bem comum como estando acima dos interesses individuais”.

Paulo Oliveira, no seu discurso, criticou o atual presidente da união de freguesias referindo que “não bastam palavras, é preciso ações”.

Ambiente: “Continuamos a assistir a hostilidades contra o meio ambiente, como as descargas poluentes, que têm vindo acontecer no Rio Sanguinhedo e nos seus afluentes, consequência da construção de zonas industriais sem qualquer critério e mesmo contra indicações de associações ambientais e principalmente respeito pela população e pela natureza. Até então, nada foi feito por parte da Câmara, mas passando também pela indiferença do presidente da União de Freguesias. Realmente não bastam só palavras, mas são necessárias ações. É preciso sensibilizar, denunciar e investigar estes crimes ambientais, sem olhar a outros interesses e sem a contínua subserviência do poder político aos grandes interesses económicos”.

Habitação: “Temos uma cidade que está a mandar s seus jovens e famílias embora. Precisamos de finalmente começar a discutir habitação pública e rendas a preços controlados. E quando falamos disto não nos estamos a referir à criação de bairros sociais nem a criação de guetos. Estamos a falar de responder às necessidades da classe média, de pessoas que recebem o salário médio e continuam sem se conseguir emancipar e ter uma casa na nossa cidade. Se queremos jovens e mais famílias na nossa cidade temos de começar pela habitação”.

Cultura: “Na cultura, para a nossa autarquia e para a junta ainda é considerado algo secundário, e o investimento nesta área é muito reduzido”.

Associativismo: “Na nossa União de Freguesias a cultura depende, em grande parte, das associações que as vão realizando, eventos e iniciativas culturais, apesar dos poucos meios. Enquanto União de Freguesias temos que possibilitar as melhores condições aos nossos artistas, organizar e apoiar a realização de eventos culturais e manter um contacto permanente e próximo às associações e artistas do concelho e da União de Freguesias. É necessário também a criação de uma casa da cultura, que seja polivalente. Que consiga albergar tanto grandes espetáculos como espetáculos mais pequenos e intimistas. E que com este espaço consigamos também garantir infraestruturas necessárias para ensaios de associações da nossa cidade. Independentemente disso é necessário aproveitar os espaços verdes da freguesia para realização de actividades culturais, como concertos, cinema ao ar livre e outros, gratuitos”.

Desporto: “No desporto pretendemos apoiar as instituições desportivas da freguesia, organizar e apoiar a realização de eventos desportivos e recreativos que englobam toda a população e criar condições para que jovens e seniores possam ocupar os seus tempos livres de uma forma saudável. A junta tem o dever de, não só apoiar a nível financeiro, mas também através da cedência das infraestruturas disponíveis, às organizações juvenis e outras associações”.

Associativismo: “Para esta equipa o associativismo é muito importante e temos o dever de estar em contacto permanente com as associações para perceber as dificuldades que passam e apoiar ao máximo para que estas possam colocar em prática os projetos que propõe. Os projetos de valor que estas associações criam tem de ser apoiado, exatamente pelo seu valor para a cidade e atividade desportiva e que não seja um apoio de conta corrente em que é mais um apoio administrativo sem qualquer visão para o que se quer no desporto”.

Desagregação da União de Freguesias: “Não podia terminar esta apresentação sem falar da lei que foi recentemente aprovada na assembleia da república, sobre a reorganização administrativa dos territórios das freguesias. Com esta lei, as populações têm a possibilidade de decidir se a sua união de freguesias continua ou se pretendem a sua desagregação. Como sabem o Bloco sempre foi contra a união a régua e esquadro sem auscultação da população. A política não se faz a régua e esquadro, faz-se ao lado dos eleitores respeitando a democracia participativa. Assim, defendemos a discussão pública da união de freguesias, culminando na criação de um referendo para que a população possa decidir sobre o seu futuro”.

Por fim, discursou Ana Isabel Silva afirmando que o projeto do Bloco de Esquerda de Santo Tirso começou logo após as últimas eleições autárquicas de 2017 para construir uma alternativa para o concelho e para que haja escrutínio na vida política.

Para Ana Isabel Silva o discurso de que os políticos são todos iguais apenas beneficiam “aqueles que fazem aquilo que estão habituados há muito tempo e que faz com que uma equipa nova que chega para fazer novas políticas não consiga ganhar” garantindo que com a sua equipa é possível fazer diferente.

Sobre o resgate da concessão da água pública à INDAQUA, a candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso relembrou que para o presidente da autarquia se tratava da “maior medida do seu mandato”. Ana Isabel Silva prosseguiu dizendo que na última assembleia municipal Alberto Costa afinal “já não sabia se ia fazer essa remunicipalização, talvez tentasse outra vez um acordo com a INDAQUA mas depois diz isso mas não dá mais esclarecimentos em à população nem a partidos políticos nem à comunicação social. O que o presidente da câmara Alberto Costa fez foi um golpe de marketing político e um golpe aos tirsenses porque fez um anúncio de uma medida que não vai cumprir e que na altura já sabia que não ia cumprir e portanto mentiu. E políticos que mentem e que não são sinceros com a população não servem”.

Ana Isabel Silva também falou sobre o anúncio de Alberto Costa em investir 3,3 milhões de euros para fazer obras em Santo Tirso criticando o facto de serem apenas no centro da cidade e esquecendo as restantes freguesias que compõe a união de freguesias: “temos de garantir que não há cidadãos de primeira que vivem no centro da cidade e cidadãos de segunda que vivem em Santa Cristina, em São Miguel do Couto ou em Burgães. A habitação e o ambiente foram temas também abordados sendo preocupações tanto ao nível municipal como da junta de freguesia.

A candidata à Câmara Municipal de Santo Tirso pelo Bloco de Esquerda terminou o seu discurso dizendo que irá “garantir que nada fica igual porque acho que já perceberam que com o Bloco de Esquerda em Santo Tirso nada vai ficar igual”.

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