O Hospital de Santo Tirso é um tema que tem estado em discussão pública desde o final do ano passado. O tema, a nível local, esteve também envolvido, de forma explícita, na campanha eleitoral para as Eleições Legislativas que decorreram no passado domingo.
A Aliança Democrática (PSD/CDS-PP), vencedora das eleições, defendia a transferência da gestão do hospital para a Misericórdia, tal como a Iniciativa Liberal.
O Partido Socialista, assim como a CDU e o Bloco de Esquerda, defendiam que essa transferência não se deveria concretizar. Foram feitas inclusive várias manifestações públicas.
Relativamente aos outros partidos não foram conhecidas as posições públicas acerca deste assunto.
O anúncio da mudança da gestão do hospital tinha sido feito no dia 12 de dezembro do ano passado, num comunicado do Primeiro-Ministro Luís Montenegro. O Diário de Santo Tirso noticiou essa novidade, minutos após o discurso do chefe de governo, novidade essa que foi transmitida entre as várias mudanças previstas.
No final de fevereiro e início de março, algumas entidades e até órgãos de comunicação social, erradamente, anunciaram que a transferência da gestão iria consumar-se a 1 de abril. Tal não se veio a verificar e foi o próprio Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, que revelou, ao Diário de Santo Tirso, que o processo tinha sido suspenso, após conversa com a Ministra da Saúde.
Realizadas as eleições, a AD venceu de forma clara e os resultados em Santo Tirso foram também explícitos. Os partidos que defenderam a transferência da gestão do hospital tiveram mais votos contrapondo uma clara diminuição dos votos nos partidos que defendiam a sua manutenção.
É expectável que o processo da transferência da gestão do hospital para a misericórdia seja concluído nos próximos meses.